sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Trinta anos de história


"Só se consegue uma 'identidade' de banda, quando todos os integrantes pensam em prol do melhor pro grupo e não de forma individualista". Isso é o que afirma Serginho Herval, do grupo Roupa Nova. Talvez seja esse o segredo do sucesso da banda, que faz, no próximo dia 6, no Chevrolet Hall, uma apresentação em comemoração aos seus 30 anos de carreira.

"Estamos comemorando 30 anos de maneira ininterrupta, trazendo na bagagem os sucessos que marcaram época, algumas canções inéditas e muitas surpresas, agora com versões ao vivo com orquestra sinfônica. Outras surpresas só durante o show. Aliás, BH é sempre motivo de emoção e reciprocidade", evidencia Serginho. De acordo com a banda, depois de tanto tempo na estrada, todos se sentem mais maduros no que sempre se propuseram a fazer, que é tocar e cantar. "Acredito que conseguimos um resultado além do que esperávamos na escolha do CD/DVD 'Roupa Nova 30 anos'. Estávamos muito felizes e soltos nos dias das gravações".

Dentre tantas canções, que marcaram cada época, a banda cita "Sapato Velho" como uma das prediletas. "Mas, na verdade, todas as músicas têm a mesma importância para nós. Porém, as que não podem faltar estão neste repertório do 'Roupa Nova 30 anos'", brinca o artista. Depois de 22 álbuns, a experiência trouxe mudanças para o grupo. "Manter uma banda por tanto tempo junto, e ainda com a mesma formação, torna-se uma tarefa quase que impossível se o grupo não procura valorizar a sua carreira como banda e não como valores individuais. A nossa relação pessoal é baseada em demarcações de terreno, ou seja, cada um sabe até onde pode ir nas suas opiniões, sem que tenhamos que ferir uns aos outros", explica o baterista e vocal.


Diferencial

Acima de tudo, respeito ao fã. Para a banda, essa característica os define. Para alcançarem o sucesso que têm, hoje, Roupa Nova garante não haver mistério. "Se existe algum tipo de receita, eu diria que nunca nos deixamos influenciar por estilos musicais que estivessem em evidência, na moda. Pelo contrário, procuramos sempre caminhar no sentido inverso ao modismo, buscando manter a nossa 'identidade' sonora, independentemente se aquela canção faria ou não sucesso". De acordo com eles, correr atrás do sucesso, muitas vezes, acaba levando as pessoas a uma falsa identidade e isso é muito perigoso. "Creio que isso nos fez mostrar ao nosso público uma verdade, uma sinceridade no que fazemos até agora e eles perceberam", completa.


Trabalho em equipe


"Pelo fato de convivermos há muitos anos juntos, pelo menos, 12 horas por dia, acabamos aprendendo a administrar a nossa relação pessoal", esclarece fulano de tal. Quando se reúnem para fazer algum arranjo, sempre opinam de forma democrática. "Todos têm liberdade de expressão no que tocam, cantam ou escrevem. Apenas costumamos nos aconselhar uns com os outros e, assim, procuramos chegar a um resultado que agrade, se não a todos, pelo menos à maioria". Roupa Nova tem o hábito de buscar parcerias de estilos variados, exatamente, para que soe como uma mistura musical.

Chevrolet Hall (av. Nossa Senhora do Carmo, 230, Savassi, 3209-8989). Às 23h. A partir de R$60 (inteira).

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